sexta-feira, janeiro 18, 2008

Clubbing is back...

Sala 2
Coldfinger
The Go! Team


Coldfinger


Cinco anos passados sobre a última edição e com nova formação (Miguel, Margarida, Nuno e Ruça), os Coldfinger voltaram para nos surpreender. Para aqueles que seguem a banda desde a sua estreia em 1999, com o EP 01, a estranheza inicial dissipa-se facilmente. Afinal, já nessa altura os Coldfinger nos apresentaram de forma compactada o largo espectro de emoções e atitudes que são capazes de transformar a música.
"Supafacial" é o tema que serve de mote ao último álbum. Depois aproveitam para fazer contas com o trip-hop de Bristol abrindo novas pistas em discurso directo e curto, passam pelo discopunk contagioso, pela pop atrevida servida na voz sensual de Margarida e por temas em que a vertigem do passado se ilumina para um reencontro dos Coldfinger com a sua própria história.


The Go! Team


The Go! Team formaram-se em 2003 em Brighton, Inglaterra, tendo como mentor Ian Parton - que se dedicava a fazer bandas sonoras para documentários. Têm tido uma ascensão fulgurante desde a edição de Thunder, Lighting, Strike (2004), um álbum de estreia duma perfeição invejável, segundo a crítica especializada. No Verão passado surgiu o novo registo Proof of Youth, onde se misturam as sirenes, as guitarras, as baterias (a banda tem duas) e a voz da rapper Ninja, com mais força do que nunca.
Abusando de samples e recortes musicais, a música dos The Go! Team mistura elementos funk e Motown com pesadas influências de rap e até Sonic Youth. Um sopro de jovialidade cheio de referências e influências distintas, mas com uma ligação intrínseca à cultura pop urbana.



Cibermúsica


André Gonçalves

Designer de formação e programador por empatia, André Gonçalves desenvolve os seus projectos em áreas artísticas tão variadas como as artes plásticas, música, vídeo, instalação e performance. O seu trabalho tem marcado presença em várias capitais culturais do globo como São Paulo, Nova Iorque, Bristol, Amesterdão, Oklahoma, Madrid, Veneza, Pontevedra, Cáceres, Lisboa, Palmela, Torres Vedras e Nodar.
No que respeita à música, a solo ou em grupo, está documentada em várias editoras nacionais e internacionais sob os nomes: Ok.suitcase, In Her Space, Stapletape, Iodo, ltthwhasp, Sound Asleep, Variable Geometry Orchestra... Mais recentemente, trabalha a solo no projecto Feltro e integra os projectos Safe and Sound, Gigantiq e EA.


Svarte Greiner

Svarte Greiner é um artista norueguês que despontou a partir de uma geração de músicos nórdicos, exploradores das heranças musicais que vão desde o folk até à electrónica. O termo que usa para definir as suas peças, "Acoustic Doom", deve-se principalmente à forma como constrói os temas a partir de vários instrumentos. Os seus discos caracterizam-se pelo elevado grau cinemático e são capazes de transportar o ouvinte até à mais recôndita floresta nórdica. Angelo Badalamenti é uma importante referência - os ambientes intensos criados a partir de "drones" e vozes femininas assombradas por gravações de campo tornam o resultado numa experiência ainda mais completa quando escutada em cenários com características únicas.
Desde 2004 que edita numa das mais importantes editoras britânicas, independentes, do momento (Type Records) - John Xela é o responsável pela editora e mantém ao longo do tempo uma coerência editorial concentrada à volta de músicos muito particulares que podem definir-se como xamãs sonoros. Embora tenha produzido a solo nos últimos tempos é importante referir que Svarte Greiner é metade dos Deaf Center, o segundo projecto a editar na Type e dos que melhores críticas receberam. É um extraordinário exercício de percepção tentar adivinhar qual a fonte de cada um dos sons. Uma experiência que deve ser experimentada ao vivo para que outras clareiras das florestas nórdicas possam mostrar os segredos que encerram.

Bar 1 e 2

DJ Kaos
A originalidade das produções de DJ Kaos já o tornou, aos olhos da imprensa especializada, no maior representante disco de Berlim. A Billboard considerou o álbum Doingnothing Nothingdoing, que passa pelo disco, electro e acid house, capaz de "nos prender do princípio ao fim". No ano passado a Rong (Nova Iorque) e a Kitsuné (Paris) lançaram o single "Cerebral Tremolo" e mais recentemente foi editado "Panopeeps", que conta com um remix de Shit Robot. As remisturas sobre nomes como Chk Chk Chk, Roxy Music e New Young Pony Club são outro ponto forte. Com propostas que vão do acid techno ao true-blue disco, a sua presença no Clubbing promete agitar a pista de dança da Casa da Música.


DJ Tronik Youth

A partir de Londres, Tronik Youth (DJ Neil Parnell) tem-se distinguido com remixes para The Gossip, Chromeo, The Rakes e Goose, entre outros. A sua música foi remisturada por Punks Jump Up e Franz and Shape. As paisagens sonoras que cria, com um carácter monótono e experimental, são fortemente dançáveis e sugerem uma combinação de noise e electro. Basta imaginar uma pista de dança gigante transformada em templo pagão - este é o lugar a que pertence a música de Tronik Youth.


Foyer Nascente Palco Footmovin'
Sanryse
Royalistick
Bob da Rage Sense
Philharmonic Weed


A editora Footmovin' Records foi fundada em 2003 com o objectivo de divulgar o hip hop nacional. A sua criação foi assinalada pelo lançamento do álbum de estreia de NBC, Afro-Disíaco, seguindo-se o álbum de Black Mastah e M.A.C. A estes lançamentos juntaram-se talentos da nova escola como Sir Scratch e SP & Wilson, e ainda Valete, DJ Núcleo, Bob Da Rage Sense, Philharmonic Weed, Sanryse e Royalistick. No Palco Footmovin', que ocupa o Corredor Nascente da Casa da Música, a editora partilha com o público o trabalho de alguns dos seus talentos. Royalistick apresenta o álbum Portfólio (com edição prevista para o início de 2008); Sanryse traz o seu álbum de estreia V.I.D.A; Bob Da Rage Sense toca ao vivo alguns sucessos de Menos Pão, Luz e Água; e os Philharmonic Weed mostram a fresca e alegre fusão de funk, reggae, samba e world music presente no seu primeiro lançamento Primeiro Mundo.

Sala Roxa
Álvaro Costa: UNpsychic TV


O portuense Álvaro Costa é sobejamente conhecido do público português, nomeadamente como opinion maker na área da Cultura Pop. Com uma vasta experiência na rádio e televisão, passou vários anos como repórter em Londres e Los Angeles. Colabora também com a Rock Back Pages, realizando inúmeros artigos sobre a Cultura Pop dentro e fora de portas. Por cá, é costume vê-lo ou ouvi-lo na Antena3 e na RTP e encontrá-lo nos Festivais de Música e Cinema, em programas sobre desporto ou a divertir-se nas suas loucas sessões de DJíng.
A presença de Álvaro Costa no Clubbing vai ser uma constante ao longo de todo o ano, com projecção comentada de documentários e conversas que passam por temas como as editoras, os grandes monstros do rock ou a invasão britânica. Já este mês, UNpsychic TV é uma viagem pela presença do rock na televisão do final dos anos 60, passando por imagens de programas como "Music Scene", "Beat Club", "The Monkees" e "Ed Sullivan Show", entre outros. Um imaginário programa de televisão construído para ser "visto" na Casa da Música.
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Instalação Clubbing

A intervenção do colectivo de designers Pfadfinderei é uma constante ao longo de todas as edições do Clubbing em 2008. Responsáveis pela cenografia, iluminação e sinaléctica, têm um papel activo na reinterpretação visual dos objectos sonoros, deixando em cada noite as suas impressões absolutamente originais. Trabalhando com a imagem impressa ou projectada, com as luzes ou com o vídeo, em grandes produções de marketing ou numa perspectiva puramente artística, os designers e VJs que integram os Pfadfinderei têm trabalhado com entidades como a MTV, festivais como o Mayday e o Sónar by Night, pelo qual são responsáveis visuais, entre muitos outros projectos. O cruzamento de fronteiras entre as exigências do design funcional e a arte multimédia avançada é um dos principais objectivos do colectivo fundado em Berlim, em 1998.





Sala 2 |15€ (com direito a uma bebida e a circular em todos os espaços);
Restantes espaços | 5€ (com direito a uma bebida; Não dá acesso à Sala 2)