I'm back.
Antes de mais queria realçar o concerto de Cibelle e a crítica ;)
De certo que foi muito bom. Eu gostei muito de a ver na Casa da Música mas esse
cenário cai muito melhor para num concerto dela...recomenda-se.
Quanto a Sines. Que dizer? 4 dias de sol, praia, pessoal de todo o lado e música universal de grande qualidade num sitio idílico.
" A nona edição do FMM Sines - Festival Músicas do Mundo, que se realizou em Porto Covo e Sines entre 20 e 28 de Julho teve um total acumulado de entre 75000 e 80000 espectadores.
Proporcionando, provavelmente, o mais avassalador final de sempre de um Festival Músicas do Mundo, o grupo Gogol Bordello foi o destaque do dia de encerramento do evento. Juntamente com as explorações sonoras dos bretões Norkst, o humor da suíça Erika Stucky, a paixão de K'naan e o ritmo de Señor Coconut fizeram de 28 de Julho um dia de música memorável em Sines.
Para trás ficaram nove dias contínuos de grande música e um total de 33 concertos que atraíram a Sines entre 75000 e 80000 espectadores (número de acumulado de todos os espectáculos), que constitui um record absoluto de público no FMM e um desafio para, 2008, ano em que se celebram 10 anos de Festival Músicas do Mundo."
Vou destacar o que achei melhor dos que vi.
Oki Dub Ainu Band
- Tocando o seu "tonkori" o vocalista e responsável pelo grupo caracterizado por uma mescla de som tradicional Japonês e efeitos tipicamente Dub deu um concerto muito energético e mostrou-me que dois mundos tão distantes podem perfeitamente unir-se sem uma pessoa se aperceber. Belo fim de noite ao som de uma música entre o electrico e o acústico, o tradicional e o moderno.
Harry Manx
- Para mim a descoberta do festival. Olhem bem a história: homen do Blues, passou 5 anos na India como aluno de um mestre guitarrista de nome Vishwa Bhatt. Volta ao seu mundo com uma oferta do seu mestre, a Mohan Veena, um instrumento de 20 cordas que combina as propriedades da guitarra indiana e da "setar" (e das mais bonitas que já vi). Dá um concerto a cantar (com uma voz de whisky linda), a tocar harmónica e a sua fiel guitarra, numa mistura de blues com texturas indianas (outro improvável encontro que me surpreendeu) ao fim da tarde com o Sol a pôr-se. Música vespertina como lhe chamaram. Eu nem sou um gajo assim tão sentimal mas foi uma coisa de linda...para mim o melhor de todos os concertos. Deixo-vos um vídeo para apreciarem melhor a música dele. Marco tens que ouvir este gajo.
Tartit
- Música que escapa a definição. Música do deserto. Ritmos ciclicos e micro-variações em mutações vocais não muito longe do que se vê hoje em dia na música electrónica. Só que esta já existia muito antes de pensarmos em loops e coisas assim. Algo único e de dificil compreensão, dai a sua beleza.
Aronas
- Uma interessante aborgagem ao Jazz, misturando um piano saltitante a baixo e bateria de rock e percursão da polinésia. Com o decorrer do concerto a eficácia da música e desta mistura supreendeu-me. A ouvir.Knaan
- Hi-Hop orgânico, como lhe chamam. Uma engraçada mistura de rap de protesto, percursões fortes, e acompanhamentos aqui e ali tanto por voz, guitarra acústica e laptop. Muito descontraido e um belo início de noite. Grande música para o verão. Revelação da World Music em 2006 pela BBC Radio3.
gogol_bordello
- O grupo que toda a gente anda a falar. Punk cigano. Continuo a achar os Gogol Bordello um pouco azeiteiros mas deram um concerto de rachar. Tiveram sorte tb porque o tradicional fogo de artifício do FMM foi para eles. Foi a loucura. Confirmem.O pior . Os Djs
Alvaro Costa, Bailarico Sofisticado e companhias deixaram muito a desejar. N percebi porque é que a organização não consegui arranjar alguém melhor que eles para fechar as noites. Falta de gosto, má desculpa de mistura entre outras coisas. A única coisa boa da última noite foi mesmo estar com o pessoal de Lisboa que foi lá ter (um abraço ao meitas, que está em grande forma, ao André maluco como sempre, ao Chaves, ao Nando que já não vi há bastante tempo e ao resto do people). Tive pena de os deixar lá para as 6 da matina mas só tinha hotel até ao meio dia, já tinha o peso dos quatro dias em cima e a música deixava muito a desejar. Exemplificando.
P.S. Meitas vemo-nos no Anti-Pop ? A Joaninha tb vai.
...um toque tradicional e moderno.
